Myriamaaaaa...
que saudade de me sentir chamada assim...
que saudade não poder cruzar seus olhos,
rostos que gostariam procurar o que tem alem das paredes do centro..
Rapazes, menores enfratores que esperam a
sentença do juiz ou já condenados, tem que passar o seus tempo dentro do centro
que os acolhe, para cumprir a sentença.
Para mim são ‘os meus rapazes’ que em
todos estes mêses encheram os meus dias: com histórias de vida, com o mítico
jogo UNO, mas sobretudo juntos comigo deram vida ao meu estágio...
Falámos sobre a droga...mas antes com
muita discrição, colhei pequenos fragmentos das vidas deles, histórias de
experiências, confidências e situações dificeis.
Não só através suas histórias conseguia
entrar um pouco nas vidas deles, a criar espaço, os observava muito...a pele
deles falava cheia de cicatrizes, marcas indeléveis.
Muitos deles tinham utilizado substâncias
psicotrópicas; a maioria são : crack, maconha, cocaína, inalantes.
Em todos estes 4 mêses desenvolvi
atividades sobre as consequências que a droga causa no organismo.
A atividade para mim mais significativa,
que me permiteu de criar um bom ambiente de colaboração também entre os
rapazes, foi a criação de um corpo humano de tamanho real: desenhar as partes
que o compoe (órgões), escrevendo ao lado as consequências que a droga causa.
Eles mesmo foram orgulhosos do trabalho
mas sobretudo ficaram impressionados porque inconscientes do que até pouco
tempo atráis tomavam.
Um
pequeno quebra-cabeça, um ás na manga, um maior conhecimento para eles.
Não
foi no Brasil com a intenção de fazer aprender nada, só espero de ter marcado
dentro dos meus limites uma possibilidade bem diferente da rua e da droga.
Voltei
na Itália com uma mala pessoal cheia dos meus rapazes, de todos os momentos
compartilhados com a equipe com a qual criou-se uma ligação profunda, de
música, comida e lugares inesquecíveis.
Myriam

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