terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Myriam Buffa: o meu estágio em Petrolina


Myriamaaaaa...
que saudade de me sentir chamada assim...
que saudade não poder cruzar seus olhos, rostos que gostariam procurar o que tem alem das paredes do centro..
Rapazes, menores enfratores que esperam a sentença do juiz ou já condenados, tem que passar o seus tempo dentro do centro que os acolhe, para cumprir a sentença.
Para mim são ‘os meus rapazes’ que em todos estes mêses encheram os meus dias: com histórias de vida, com o mítico jogo UNO, mas sobretudo juntos comigo deram vida ao meu estágio...

Falámos sobre a droga...mas antes com muita discrição, colhei pequenos fragmentos das vidas deles, histórias de experiências, confidências e situações dificeis.
Não só através suas histórias conseguia entrar um pouco nas vidas deles, a criar espaço, os observava muito...a pele deles falava cheia de cicatrizes, marcas indeléveis.
Muitos deles tinham utilizado substâncias psicotrópicas; a maioria são : crack, maconha,  cocaína, inalantes.
Em todos estes 4 mêses desenvolvi atividades sobre as consequências que a droga causa no organismo.

A atividade para mim mais significativa, que me permiteu de criar um bom ambiente de colaboração também entre os rapazes, foi a criação de um corpo humano de tamanho real: desenhar as partes que o compoe (órgões), escrevendo ao lado as consequências que a droga causa.



Eles mesmo foram orgulhosos do trabalho mas sobretudo ficaram impressionados porque inconscientes do que até pouco tempo atráis tomavam.
Um pequeno quebra-cabeça, um ás na manga, um maior conhecimento para eles.
Não foi no Brasil com a intenção de fazer aprender nada, só espero de ter marcado dentro dos meus limites uma possibilidade bem diferente da rua e da droga.
Voltei na Itália com uma mala pessoal cheia dos meus rapazes, de todos os momentos compartilhados com a equipe com a qual criou-se uma ligação profunda, de música, comida e lugares inesquecíveis.
Myriam


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