quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Coretta Bergamin: o meu estágio em Petrolina


Aonde estou? 
Parece ontem a minha chegada no Brasil. Passar a noite no aeroporto, fazer 10 horas no avião olhando sempre o azul do oceano. Finalmente chegar naquele pedaço de terra no outro lado do mundo. Aonde estou? Me perguntava cercada por rostos de mil cores e falando um portugues que ningueim entendia.

Petrolina 
Com um projeto na mão em qual talvez não acreditava muito, novas companheiras de viagem e uma paisagem nova aos meus olhos que me rodeava (o Sertão arido) começou a aventura em Petrolina. Esta cidade me ajudou a redescobrir-me, me deu uma nova Cor. Petrolina, o grande caldeirão de cores, pessoas, música, situações e eventos. Petrolina que em seu grande abraço com o Velho Chico ha permitido sonhar em frente a pôr do sol maravilhosos (que sempre veiam tão cedo!).
Petrolina, que para aqueles mêses foi a minha Casa e que serà isto no coração para sempre.

A rede da equilibrista 
O fio condutor que me permitiu desenvolver o meu trabalho no Brasil foi o Projeto BEA. Além do fato de ter estructurado uma equie que acabou sendo minha família, me permitiu ver, entender, pensar um projeto de Cooperaão para o Desenvolvimento! Me permitiu entrar na alma do Projeto, ver a rede construída, entender os jogos dos actores; me fez ser uma professora de italiano, palestrante numa Conferência, grafica...


Mas sobretudo (e se eu pudesse gostaria de enfatizar mil vezes): acreditou em migo, acreditou em todas nós voluntárias.
Talvez hoje sei o que fazer quando acabo a universidade, talvez finalmente sai dos livros.

As mãos com a flor  
Não é possivel escrever o que se percebe entrando por aquela porta azul sempre Aberta.
Ti si scaraventa addosso uma alegria feita dos abraços e dos beijos atrais de uma enorme escrita azul: APAE (Associação que trabalha no território com os exepcionais). Passei pouco tempo lá, me dividindo entre o escritório e as salas, entre a direção, os professores, as maes e os rapazes. Mas eu foi Coretta “a italiana”, uma pessoa bem definida da qual aceitavam o trabalho e a presença.
O APAE me deu uma razão para acordar de manhã cedo, me presentiou com abraços de todas as cores e muitas lagrimas na hora de me despedir.

A volta
Agora escrevo olhando o mesmo azul do oceano que me acompanhou na ida.
Tento escrever em poucas linhas dois dos mais belos e formativos meses da minha vida.
Nao consigo, fico relendo e apago na esperança de desenhar algo esclarecedor.
Eu gostaria que as pessoas que lessem este texto, tivessem a percepção das cores de um pôr do sol na Ilha, dos sabores dos frutos de mil nomes impronunciáveis​​, de um abraço de uma criança excepcional, do carinho incondicional que eu sempre recebi por todos.
Mas não importa, são coisas que estão dentro de mim e que permanecerão por toda a vida.
Coretta

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