sexta-feira, 24 de agosto de 2012

BALANCETE 2011



Costume?! Hábito?!


Costume?! Hábito?!
Olhar fixo em outros lugares…silencioso,
estou descendo pela rua que leva do PETRAPE até a casa dos voluntários.
Quantas vezes os meus pés caminharam para cima e para baixo nesta rua, devagar, com pressa, distraido, absolutamente presente…

Não percebo que encontro um amigo

“ Oi Nicola tudo bem?
E’ o Que? Tá triste?

“Esta noite foi levar as meninas no aeroporto…
Foram em bora, voltaram para a Itália!”

“E ai cara .... você  ja está acostumado com isso não è?”

Quase não respondo, falo tchau rápido e chego em casa.
Ligo o computador e procuro um dicionário.

Hábito: aquisição estável de um comportamento particular…tendência para agir em uma determinada e constante maniera, adquirida através da repetição das mesmas ações.

Não, absolutamente não, não estou acostumado!
Carregar malas e partir para o aeroporto…
Me aproximar do balção com eles para fazer o check in e ir em direção do embarque.
Depois, tudo em pocos segundos…

Se abraçar, apertar as mãos, beijar rostos e cruzar olhares que em um momento tentam reviver e contar 4 meses de Vida juntos.

Não estou absolutamente acostumado a cumprimentar as pessoas com quem compartilhei uma casa, um quarto, o estágio, sonhos, desejos, atividades, sonrisos, satisfações, momentos difíceis, lágrimas, conquistas e derrotas…
Noites, café da manhas, almoços, discussões, surpresas, desentendimentos…
Meu Deus não, não estou absolutamente acostumado aos Rasgos!!!

No aeroporto o na Rodovia; pequenos ou grandes, superficiais ou profundis…são Rasgos

Rasgo: abertura, corte, incisão, laceração, ruptura causada por puxar em direções opostas ...
interrupção das relações

Quantos rasgos nos últimos 10 anos???
Pego um papel e começo escrever os nomes e as datas,
Isso me leva muito mais tempo do que o esperado porqué um nome chama um outro, cada lembrança abre um mundo…
Então procuro fotos, e-mail, videos…estou perdido!!!
Cabeça e Coração mergulham em um mar de relações que começam no verão de 2000, ano do meu estágio, e continuam com as muitas e diferentes equipes de cada ano seguinte até ‘Minha Equipe è um show – Petrolina 2011’

Números?
Conheci e vivi juntos, a partir de pocos dias até anos inteiros, com 86 voluntários e estudantes italianos e 16 estrangeiros da Alemanha, Belgio, Estados Unidos, Espanha…
102 faces…
102 histórias

Acerca de 46 as esperas para as chegadas no aeroporto o na rodoviária
Talvez 48 os Rasgos
Mas uma parte do Rasgo é saber que depois alguns meses è posivel se encontrar de novo tal vez na Italia, não com todos…
E aí então é emoção, emoção pura!

Boa viagem de volta Solange, Coretta, Lisa e Myriam
A gente se vê na Italia…
Nicola Andrian

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Coretta Bergamin: o meu estágio em Petrolina


Aonde estou? 
Parece ontem a minha chegada no Brasil. Passar a noite no aeroporto, fazer 10 horas no avião olhando sempre o azul do oceano. Finalmente chegar naquele pedaço de terra no outro lado do mundo. Aonde estou? Me perguntava cercada por rostos de mil cores e falando um portugues que ningueim entendia.

Petrolina 
Com um projeto na mão em qual talvez não acreditava muito, novas companheiras de viagem e uma paisagem nova aos meus olhos que me rodeava (o Sertão arido) começou a aventura em Petrolina. Esta cidade me ajudou a redescobrir-me, me deu uma nova Cor. Petrolina, o grande caldeirão de cores, pessoas, música, situações e eventos. Petrolina que em seu grande abraço com o Velho Chico ha permitido sonhar em frente a pôr do sol maravilhosos (que sempre veiam tão cedo!).
Petrolina, que para aqueles mêses foi a minha Casa e que serà isto no coração para sempre.

A rede da equilibrista 
O fio condutor que me permitiu desenvolver o meu trabalho no Brasil foi o Projeto BEA. Além do fato de ter estructurado uma equie que acabou sendo minha família, me permitiu ver, entender, pensar um projeto de Cooperaão para o Desenvolvimento! Me permitiu entrar na alma do Projeto, ver a rede construída, entender os jogos dos actores; me fez ser uma professora de italiano, palestrante numa Conferência, grafica...


Mas sobretudo (e se eu pudesse gostaria de enfatizar mil vezes): acreditou em migo, acreditou em todas nós voluntárias.
Talvez hoje sei o que fazer quando acabo a universidade, talvez finalmente sai dos livros.

As mãos com a flor  
Não é possivel escrever o que se percebe entrando por aquela porta azul sempre Aberta.
Ti si scaraventa addosso uma alegria feita dos abraços e dos beijos atrais de uma enorme escrita azul: APAE (Associação que trabalha no território com os exepcionais). Passei pouco tempo lá, me dividindo entre o escritório e as salas, entre a direção, os professores, as maes e os rapazes. Mas eu foi Coretta “a italiana”, uma pessoa bem definida da qual aceitavam o trabalho e a presença.
O APAE me deu uma razão para acordar de manhã cedo, me presentiou com abraços de todas as cores e muitas lagrimas na hora de me despedir.

A volta
Agora escrevo olhando o mesmo azul do oceano que me acompanhou na ida.
Tento escrever em poucas linhas dois dos mais belos e formativos meses da minha vida.
Nao consigo, fico relendo e apago na esperança de desenhar algo esclarecedor.
Eu gostaria que as pessoas que lessem este texto, tivessem a percepção das cores de um pôr do sol na Ilha, dos sabores dos frutos de mil nomes impronunciáveis​​, de um abraço de uma criança excepcional, do carinho incondicional que eu sempre recebi por todos.
Mas não importa, são coisas que estão dentro de mim e que permanecerão por toda a vida.
Coretta