"Estudantes do Departamento de CIÊNCIAS HUMANAS – III, JUAZEIRO, a caminho de PADOVA, Italia.
Participando da pesquisa INTEREURISLAND, INTERsectoral, 'Extensão Universitária', Research, Interculture and Service Learning; Approaching to a New Development do doutorando Nicola Andrian"
Co-Tutela entre o curso de doutorado em Ciências Pedagógicas, da Educação e da Formação do departamento FISPPA da UNIPD e o Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade (PPGeduc) da UNEB"
(Blog do Geraldo José)
http://www.geraldojose.com.br/index.php?sessao=noticia&cod_noticia=80568
Projeto BEA
Educação, formação e interculturalidade: uma ponte entre Itália e Brasil
sexta-feira, 30 de setembro de 2016
segunda-feira, 8 de agosto de 2016
NA VIDA TUDO PODE ACONTECER! – Relatório final do estágio voluntário no exterior de Miriam de Martin da Universidade de Padova, Itália
“Enquanto eu sinto você na minha alma, não ha perigo”
Esta è a frase com a qual eu quero começar falar sobre estes meus
quatros intensos meses de Vida. Esta è uma das últimas frases com a qual eu me
despedi dos meus adolescentes. Esta é a frase com a qual juntos ficamos emocionados.
Esta è a frase que está me dando energia nestes dias.
Comecei esta viagem com muitas duvidas e incertezas, ainda lembro uma
conversação que eu tive com umas das minhas amigas mais queridas antes de partir...
ela estava incrédula ao me ver tão incerta e cada dia me falava “mas você esta
entendendo que daqui a poucos dias você vai para o Brasil??? e aqui parece que,
entre as duas, a pessoa mais feliz sou eu? Miriam, vai ser uma experiência
maravilhosa, ja sei que você não vai querer mais voltar para casa!”.
Agora, que acabei de voltar para a Itália posso dizer com certeza que
ela estava falando certo: foi uma experiência incrivelmente memorável.
Eu fiz o meu estágio com o ‘Progetto BEA’ na FUNASE CASE em Petrolina
(PE), casa de Atendimento Socio-educativo com privação de liberdade para adolescentes em conflito com a Lei e que acolhe
acerca de 40 adolescentes com idade entre os 14 e os 20 anos.
Para tentar contar um pouco desta minha experiência quero começar com os
objectivos auto-formativos que eu escrevi antes de sair da minha Universidade,
objetivos que foram presentes a cada dia e a cada semana desta experiência e
que temos trabalhados em cada reunião que fizemos com o meu coordenador Nicola
Andrian e com a minha companheira de aventura, Veronica Urbani. Decidi dividir
os meus objetivos em três macro áreas: Saber, Saber fazer e Saber ser.
SABER
- adquirir informações mais detalhadas sobre a instituição a onde eu vou fazer o estágio, sobre o seu modus operandi e também sobre a organização interna e a Mission;
- conhecer e compreender a legislação sobre os direitos dos adolescentes no Brasil em geral e no Estado de Pernambuco;
- mergulhar em uma realidade totalmente diferente da minha, aprender e aprofundar um idioma, uma cultura, uma história e tradições novas;
- adquirir conhecimentos sobre o Service Learning (aprendizagem e serviço).
SABER FAZER
- acrescentar, desenvolver e talvez criar “ex novo”, habilidades, competências e estratégias educacionais para lidar e gerenciar as atividades com os adolescentes e com a equipe pedagógica e psicossocial da FUNASE CASE, Petrolina;
- Propor e realizar, de acordo com a equipe pedagógica um meu projeto pessoal (oficina), coletar dados e avaliar os resultados;
- compreender as necessidades específicas dos adolescentes envolvidos, tentando entender como poder relacionar-me com eles estimulando a liberdade de expressão e de diálogo.
SABER SER
- tentar ser eu mesma, com a consciência dos meus limites e potencialidade e tentar lidar com cada situação com um constante desejo de envolver-me como pessoa e como futura educadora;
- O espírito com o qual vou colocar-me em frente a esta experiência será de ficar sempre com as orelhas e os olhos abertos com uma atitude de abertura e curiosidade em cada situação que surgirá.
Agora, re-lendo eles, estou tentando compreender
quais eu consegui alcançar, quais não e quais senti mais próximos, e quero começar desses últimos!
SABER: umas das coisas para mim mais linda e
importante nesses meses foi com certeza a total imersão numa nova cultura, num
novo idioma... novos jeitos de fazer, de comer, de entender, de olhar. E, em
tudo isso a coisa mais fácil, natural e linda foi de conseguir chamar este
lugar de Casa. Claro, ainda não consegui perder a minha “cara de gringa” que as
pessoas continuavam perceber, além do meu sotaque não muito autoctono, para o
meu modo de me vestir e de me arrumar os cabelos, mas as mesmas pessoas que
notavam estas diferencias, fizeram me sentir a cada
segundo parte da vida deles.
SABER FAZER: entres as muitas coisas que eu
fiz, queria falar sobre a oficina que propus para a equipe e para os
adolescentes da FUNASE CASE. A minha ideia, um sonho talvez um pouco utópico, era de tentar escrever juntos
com os adolescentes um pequeno livro onde eles pudessem sentir-se livres de
contar o que eles queriam. O sonho tornou-se realidade, agora volto para casa
com esse maravilhoso presente e com uma lembrança muito boa dos momentos
intensos a onde nos estávamos reunidos ao redor de uma mesa construindo e passo
a passo a NOSSA história.
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| Momentos da Oficina na FUNASE CASE em Petrolina |
A oficina foi estruturada em diversos momentos:
comecei contado a minha vida tentando criar um ambiente aconchegante onde eles
pudessem sentir-se livres de falar, passando depois a momentos mais técnicos
para aprender como construir uma história, quais são as etapas necessárias, as tipologias das personagens... para chegar ao momento central da
construção do nosso livro, da nossa história, das personagens e dos desenhos e
ilustrações. Não consigo achar as palavras
para descrever a intensidade daqueles momentos, o medo inicial deles e a sucessiva
complicidade e o protagonismo. O resultado é um livro que tem o Título “O recomeço de uma vida perdida” que, indiretamente, fala sobre eles,
sobre suas vidas difíceis, sobre a vontade de ter uma segunda possibilidade,
de mudar de vida e de como isto seja mais fácil quando
temos alguém connosco que nunca deixa de acreditar em nós, alguém que
consiga ver-nos, além de tudo, como Pessoas.
SABER SER: tentar ser sempre eu mesma em cada
momento, isto eu tinha escrito, talvez inconsciamente. Desde o primeiro dia
me perguntaram o significado dessa frase. Foi uma provocação que foi comigo cada
dia e agora, no final deste meu percurso, com a ajuda dos meus adolescentes, eu
entendi quem é esta “eu mesma” que queria ser. Um deles um dia perguntou a Veronica
“Mas ela consegue ficar seria? Porque aqui é impossível, aqui ela
está sempre em movimento, inquieta, feliz, sempre com o sorriso e cheia de
vida!”. Essa é a eu mesma que quis ser, a eu mesma que talvez eu tinha perdido
antes de partir e que agora consegui re-encontrar com a ajuda deles.
Não foi tudo fácil e idílico,
muitas vezes, sobretudo no começo, voltava para a casa depois das atividades
cansada, só com a vontade de não voltar uma outra vez, com raiva porque na
minha opinião as coisas não eram como eu queria. Mas se há uma coisa que
aprendi aqui é a paciência, o saber esperar... e o apreciar aquele momento
quando, depois de ter esperado, as satisfações vêm. Aprendi a olhar além das
aparências, a escutar, aprendi como muitas vezes o segurar as mãos um dos outros e aperta-las forte têm mais importância de muitas palavras, aprendi a imensa importância das emoções,
do vivê-las intensamente, de ser movida por estas, do chorar, até desesperadamente,
sem vergonha... e no mesmo tempo da esperança, dos sonhos, do ser feliz.
Aprendi que o amor têm muitas formas e eu senti uma destas em cada momento passado
com eles, com eles que da vida conheceram o mal, um mal do qual eu não
imaginava mesmo a existência. Um mal feito de droga, morte, familhas
destruídas, medo de morrer, luta pela sobrevivência.
Até agora falei só da minha experiência na FUNASE
CASE, talvez porque acabou de terminar e sinto-me cheia de emoções, mas parte
integrante destes quatro meses têm sido muitas outras coisas. Tive a
possibilidade de ser a professora Miriam De Martin, de apoio ao Nicola Andrian,
em um curso base de idioma e cultura italianas na UNIVASF. Momentos muito
lindos a onde eu chegava sem força depois de um dia trabalhando, mas de onde eu
saía cheia de energia. A coisa mais linda foi, através das atividades de gramática, dos jogos, das musicas e
comidas, a de apreciar quanto é maravilhosa a minha Itália, estando em
um país tão longe e diferente.
| Dinâmica durante o curso de língua e cultura italianas na UNIVASF |
Além disso, tive a possibilidade de eu assistis
às aulas de “Relações interpessoais e dinâmicas de grupo” ministradas por
Nicola Andrian no curso de Pedagogia da UPE, Campus de Petrolina. Alguns conteúdos não eram novos, mas foi interessante poder aprender e depois colocar
diretamente em prática os conhecimentos adquiridos.
Parte integrante e importante do projeto foram também as reuniões da
Equipe BEA que fizemos a cada semana com o coordenador do Progetto BEA, Nicola,
e a Veronica, a onde nos confrontamos sobre as experiências vivenciadas no dia
a dia em relação aos nossos objetivos
através de uma reflexão constante entre teoria e prática.
A cada semana temos preenchido um questionário que é parte da pesquisa
de Doutorado sanduíche entre a Universidade de Padova, Itália e a UNEB de
Nicola sobre o 'Service Learning' (aprendizagem e serviço). Com certeza todas
estas coisas foram cansativas e muitas vezes a vontade de me sentar e trabalhar
no computador foi difícil de achar, mas quando, um ano atrás, eu escolhi esta
experiência como estágio, foi também por a completude, em muitos aspectos, do
que foi oferecido para mim. Hoje posso confirmar de ter feito a escolha certa,
uma escolha que me permitiu colocar-me totalmente em jogo, de testar-me e
formar-me.
Acho que eu poderia continuar até o infinito a contar, a escrever, a
explicar, porque o MEU Brasil é feito de muitas outras coisas, mas talvez seria
tedioso e prolixo, por isso vou tentar terminar agradecendo as pessoas que
fizeram tudo isso tão incrivelmente VIVO.
| A Equipe BEA 2016.1 |
Obrigada a todas as pessoas que conheci, que contribuiram a tornar a minha
casa a cidade de Petrolina e sem os quais esta experiência teria sido
diferente.
Obrigada, em particular, a Lucas que nas dificuldades de muitos momentos
consegui trazer de volta na minha vida tranquilidade e leveza.
Obrigada a equipe pedagógica e psicossocial da FUNASE CASE, em
particular ao coordenador pedagógico Ilson Borges, o qual nem um segundo parou
de acreditar em mim e no meu sonho e que, com o seu “minha querida” sempre me
fez sentir acolhida e parte da instituição.
Obrigada a você, Veronica, que foi uma Rocha sempre pronta a me apoiar.
O nosso caminho aqui nem sempre foi simples, mas cheio de emoções que o fizeram
incrível. Obrigada pelas noites sem dormir continuando a falar, pelos gritos,
pelos abraços, pelos risos… e por ter conseguido achar as palavras certas
quando as minhas emoções eram tão fortes que eu não podia falar. A você que foi
e será uma insubstituível companheira de vida e de emoções.
E, no final, obrigadas aos meus adolescentes, aqui sem nome e sem rosto,
mas na minha mente e no meu coração perfeitamente vivos. Um obrigada por eles
quem deixaram em mim uma marca indelével, obrigada pelas suas histórias, pelos sofrimentos
e pelos sonhos. A eles quem durante o nosso último dia juntos secaram as minhas
lágrimas. A eles que muitas pessoas chamam de criminosos, assassinos, ladrões,
viciados em drogas, traficantes. A eles quem sabem isso, mas apesar de tudo permitiram-me
a cada dia de conseguir olhar além disso, de entrar nos seus olhares e de
encontrar pessoas cheias de coisas a serem descobertas. Obrigada pelos momentos
informais que passamos juntos, pelas vozes, músicas, diferéncias, pelos seus
dias escuros e aqueles mais claros, obrigada pelas suas vontade de redenção.
Obrigada por ter compartilhado com mim suas vida, suas preocupações e seus
sonhos.
Miriam
Miriam De Martin
Estagiária voluntária do curso de Ciências da Educação e da Formação (Educador
Social e Animador Cultural) da Universidade de Padova, Itália.
sexta-feira, 5 de agosto de 2016
“Não existe o acaso nem a coincidência… Nós caminhamos todos os dias para lugares e pessoas que nos esperavam desde sempre.” - Relatório final de Estágio universitário voluntário no exterior de Veronica Urbani - UNIPD, Itália
“Não existe o acaso nem a coincidência… Nós
caminhamos todos os dias para lugares e pessoas que nos esperavam desde sempre.”
É com essa frase da escritora G. Dembech
que decidi começar contar a minha maravilhosa experiência.
Essa viagem começou bem antes da minha
chegada ao Brasil, não saberia dizer exatamente quando, mas era muito tempo que
tinha o desejo de fazer uma experiência em outro país que fosse
diferente dos passeios
comuns – férias com os amigos. Estava
querendo partir, conhecer uma nova
cultura, encontrar novas pessoas e
estilos de vida. Quebrar a minha rotina
e entrar em sintonia com ritmos novos. Quando eu parava para imaginar, de jeito
pensava na América Latina, a alegria, aos jeitos calorosos nos relacionamentos humanos,
a energia que poderia ter.
Até aquele momento tudo só existia na minha imaginação. Durante uma
palestra na universidade, esse sonho começou a ter forma e nome: ‘Progetto BEA’.
Escolhi este projeto por que gostava da
ideia de não deixar definitivamente o âmbito da faculdade, mas ao contrário, de
poder prosseguir com os estudos e ao mesmo tempo realizar o meu estágio
formativo.
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| Equipe BEA 2016.1 |
Quando chegou o momento de escolher a
instituição de estágio entre as demais da rede de colaborações do Progetto BEA quis me dar a oportunidade de mesurar-me como
profissional em um âmbito no qual nunca
tinha trabalhado: o da FUNASE CASEM -
Fundação de Atendimento Socio-educativo, o órgão responsável pelo atendimento
do adolescente sob medida sócio-educativa de restrição e/ou privação de liberdade. Casa de semiliberdade por adolescentes de
sexo masculino que tiveram problemas com
a lei. Foi uma escolha “desconfortável” que, como imaginei, me permitiu de
crescer muito tanto nas minhas competências profissionais tanto como ser
humano.
Não nego que no começo as dúvidas foram
muitas “Será que conseguirei?”, “Estarei capaz de criar ligações com os
adolescentes?", “O que irei fazer? ”
Comecei o meu estágio na CASEM na segunda
feira dia 4 de abril de 2016, e naquele
momento a instituição estava cuidando de 12 adolescentes. Minhas dúvidas, que existiam
no começo, foram solucionadas logo pelos próprios adolescentes que tinham curiosidade em conhecer, se as pessoas do meu país têm a cor da pele
branca e falam com o mesmo
sotaque que eu. Eles me acolheram,
permitiram que eu entrasse a fazer parte das suas rotinas.
Por me apresentar e por os fazer conhecer
as minhas origens, na primeira semana, de acordo com a equipe
técnica, realizamos a ‘Semana italiana’.
Mostrei vídeos, fotos, músicas da minha Itália e juntos comemos uma
verdadeira macarronada italiana.
Os momentos da noite me deram as melhores
lembranças. Depois de dias cheios de atividades chegava o cansaço (para todos!), as barreiras que durante o dia
nos distanciavam (uns dos outros)
baixavam-se e assim em um clima sereno quase familiar sentados no
sofá assistíamos ao Velho Chico, ou se
ouvia Marília Mendonça. Uma noite D. me
ensinou a dançar o reggae, uma outra vez L. F. J. D. Me ensinou o Forró com típicos chapéis de palha de Quadrilha, cantamos, brincamos e
depois chegavam aqueles momentos mais profundos, intensos, íntimos ... sobre as histórias da Vida deles.
Para me fazer sentir “em casa” contribuíram
os diversos profissionais que trabalham na CASEM, as funcionárias da administração, os porteiros as guardiãs , as cozinheiras, os
motoristas. Com todos eles criei uma ótima relação, mas essa experiência foi
sem dúvida tão completa e profunda
pelo suporte, pela disponibilidade, paciência e amizade que a inteira equipe
técnica sempre me demonstrou. Com elas
nunca me senti no lugar errado, foram verdadeiras guias. Me fizeram sentir parte delas, parte da grande “Família CASEM”.
| Com a equipe técnica da CASEM |
Com a supervisão e os conselhos da
coordenadora técnica Dona Maria Das Graça de C., da coordenadora pedagógica Márcia Dias C.B., da psicóloga Liane M., da assistente social
Ana Valina B.L. e enfim de Mônica Rodrigues L.C. a advogada, tive a oportunidade de conhecer quase
completamente a instituição a onde
trabalhei. Além disso, pude participar das atividades internas e externas dos
adolescentes, aos atendimentos, as visitas domiciliares, esteve ao lado da pedagoga nas reuniões com os dirigentes
escolares e visitei as instituições que colaboram com a CASEM (os serviços de
saúde, a agência de trabalho, etc) Ademais, tive o prazer de conhecer a Vara da
infância e de me apresentar ao Juizado de menores na cidade de Petrolina.
Com a inteira equipe reunida, o primeiro
dia de estágio, compartilhei os meus objetivos acadêmicos confrontando-os com aqueles específicos da CASEM.
Dividi os meus objetivos nas três macro
áreas do Saber, Saber Fazer e Saber Ser como a seguir:
SABER
- Conhecer em profundidade o lugar onde eu farei o meu estágio ( a sua
- Missão/ Mission, o estatuto, as finalidades e os valores que caracterizam a FUNASE CASEM ).
- Estudar os documentos que fundam a legislação das crianças e adolescentes no Brasil (ECA) e no específico no Pernambuco.
- Conhecer e compartilhar a cultura brasileira: os costumes, os hábitos, as crenças, a história e o idioma.
- Ter conhecimento mais específico sobre o método do Service Learning.
SABER FAZER
- Adquirir capacidades, habilidades e estratégias educacionais que me permitem agir - em contextos como o FUNASE Casem ou parecidos – no imediato em modo certo e eficaz.
- Criar uma relação empática com os meninos que tem fé os princípios de intencionalidade, assimetrias e “direita distância”, reflexividade e educabilidade.
- Aprender como trabalhar da melhor maneira da todas as pessoas da equipe sócio- psico- pedagógica (pedagoga, psicóloga, assistente social).
- Ampliar as capacidades e as competências por conseguir na condução de atividades e de gestão de um grupo de adolescentes através de uma oficina de Arte e Teatro. corporal onde os meninos podem experimentar eles mesmos no contexto protegido.
- Aumentar as capacidades reflexivas sobre as práticas por monitorar a aprendizagem em cada nível através a prática/serviço.
SABER SER
- Manter uma atitude de Abertura e de Curiosidade que me permite envolver-me em todos os momentos dessa experiência.
- Ampliar uma Escuta Ativa autêntica e uma atitude de Empatia.
- Permitir que aconteça uma Acomodação (como teorizou Piaget) das experiências e das boas práticas que vou aprender durante o estágio para fazer-me amadurecer como pessoa e como educadora.
Após ter me
inserida nas atividades já estabelecidas pelo programa, como a festa do Dias das
mães e o Arraiá do Casem, tive a oportunidade de propor uma minha oficina de
teatro corporal. Esta oficina fez parte também de um Projeto de Extensão da
UPE, Campus de Petrolina a onde pude assistir as aulas de Relações interpessoais e dinâmicas de grupo,
do Curso de Pedogogia, ministradas pelo Prof. Nicola A..
Eu e Natália Dos Santos A. G., colega do
curso acima citado, tivemos a grande oportunidade de experimentar na prática os conteúdos teóricos do curso. Planejamos e conduzimos 6 encontros no parque municipal
Josefa Coelho da cidade com os adolescentes e a equipe técnica do CASEM.
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| Oficina no Parque Josepha Coelho |
O
fio condutor que juntou todos os encontros foi o tema "A Comunicação
Assertiva e a Escuta Ativa" e a cada um dele nos abordamos uma temática
específica: Confiança, Eu, Tu, Nós, Comunicação
Assertiva e Escuta Ativa.
Tenho certeza que esse projeto sem a
colaboração de Natália e a supervisão de Nicola não teria tido o mesmo
resultado final.
E foi na UPE, Campus de Petrolina que tive
a oportunidade de ampliar o meu saber, experimentando um novo modelo de
universidade, mais dinâmico e participativo.
Para o meu estágio, um momento altamente formativo foi a reunião de cada sesta feira
pela manhã com a minha colega italiana Miriam De M. e o coordenador Nicola A.
(a Equipe BEA 2016.1).
O Progetto BEA é o Coração de uma pesquisa de doutorado Sanduíche entre a UNIPD (Padova, Itália) e a UNEB e a equipe semanal focava-se sobre a constante reflexão teórica sobre a experiência prática através do Ciclo
do Service Learning (Aprendizagem e Serviço). Acho que isso que fez a diferença
no meu nível de aprendizagem.
Já escrivei muito eu sei ... mas ainda não terminei!
| UNEB, Campus de Juazeiro |
Para dar mais uma bela pintada de cor nessa
experiência, vou contar agora do Curso de língua e cultura italianas no Departamento de Ciências Humanas da UNEB, no Campus
de Juazeiro.
Nunca me imaginei como professora, figura
que sempre percebi como formal demais e que precisava de distância, mas tive a possibilidade de me
experimentar ao lado do coordenador, propondo aulas dinâmicas e com
brincadeiras permitindo aos estudantes
de aprender e se divertir tanto quanto em mesma me diverti.
|
UNEB - A culminância do Curso
|
Fiquei tão bem com os alunos que uma vez que o curso oficial acabou,
continuei com alguns deles com aulas de conversação no parque, na praça, na
praia...
Nesses meses me senti parte de tantas coisas
Grandes, parte de um Tudo. Encontrei pessoas que me parecia de conhecer a muito
tempo. Percorri ruas de uma forma como se os meus passos já tivessem
percorridas. Em Petrolina e Juazeiro deixei parte de mim e levei comigo muito
mais:
Olhares, aperto de mãos, risadas, cheiros,
cores, comidas, sons, ritmos, pores do sol, danças, a calma que me deixava
tranquila em quanto esperava a barquinha, harmonia, festas, o doce de leite
depois do almoço com a minha equipe, abraços e muito mais que as palavras não
conseguem descrever.
Agora que estou em Itália não tenho a
percepção de ter acabado a experiência, será
que em setembro chegarão duas amigas-colegas da UNEB, será que os
contatos com os amigos estão sempre vivos, mas por enquanto estou vivendo isso
reencontro como um final aberto: a Vida é longa e quem sabe quais lugares e
pessoas estão prontas para me conhecer ou me encontrar de novo!!
Quero agradecer o Nicola que aquela vez
teve uma fantástica ideia ao inventar um “Nicola Andrian” assim! Sem você tudo
isso não teria sido possível. Para você, com que me confrontei, aprendi e
cresci: Obrigada!
Obrigada a minha companheira de aventura
Miriam que me ajudou a crescer superando e compartilhando os momentos felizes e
também aqueles mais difíceis. Sem ela ao meu lado não teria sido a mesma
viagem.
Enfim o meu Obrigada mais profundo vai aos
meus adolescentes, a cada um deles por ter me acolhido, pelas brincadeiras,
pelas piadas, por tiver me permitido de entrar nas vidas de vocês pelas
disponibilidades de vocês ao falar a vossa história e assim dar uma parte de
vocês a qualquer um outro. E entre todos um Obrigada especial vai a uma Alma
maravilhosa, agora totalmente livre no mundo, que mudou a minha vida com a sua
próprio. A você que com o seu “Mundo na cabeça”
me permitiu de aprender como as vezes não precisam palavras, o que importa são Cabeça, Mãos e Coração.
Veronica
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